Em comemoração ao mês do meio ambiente e como parte das ações do “Junho Verde”, a Penitenciária “Bruno Luiz Airoldi Leite”, do Complexo Penal de Caiuá, região oeste do estado, organizou com os reeducandos uma atividade de reciclagem de materiais para confecção de peças artesanais.
A ação também contou com a ajuda de servidores da unidade, que pertence à Coordenadoria de Execução Penal da Região Oeste (Ceproeste). O Junho Verde é uma campanha brasileira de conscientização ambiental que ocorre durante o mês de junho.
Inicialmente, estão sendo utilizados pneus inutilizáveis, que foram cortados, pintados e transformados em vasos para plantas, além de pedaços de madeira que seriam descartados. Futuramente, os servidores pretendem incorporar o uso de garrafas PET na criação de outros modelos de peças.
Na ocasião, a professora Marta Ferreira Andreta, graduada em Ciências Biológicas, ministrou aos presos uma palestra sobre práticas sustentáveis e a importância da preservação dos biomas e das espécies.
Também foram apresentadas atividades sustentáveis desenvolvidas pelos reeducandos que trabalham na horta do estabelecimento. As ações contribuem diretamente para a educação ambiental, além de oferecerem terapia aos privados de liberdade por meio do trabalho, ação que favorece a ressocialização, por meio do cultivo e cuidado com a terra.
Com o incentivo dos policiais penais que atuam no setor externo e o apoio da diretoria do Complexo, os detentos aceitaram participar da atividade de reciclagem de materiais para a confecção de peças artesanais, utilizadas na decoração de espaços do presídio.
Na prática
A professora Marta afirma que o processo de estimular a conscientização ambiental aos reeducandos acontece desde o período escolar. “Muitos deles aqui passaram pela escola, onde receberam o conhecimento e agora estão colocando em prática numa iniciativa que pode inclusive ser opção de renda no futuro, quando estiverem em liberdade”, avalia.
O reeducando “Paulo” (nome fictício), conta que não conhecia a técnica para transformar o material sem utilidade em objeto ornamental. “Os funcionários apresentaram a ideia e colocamos em prática. Foi uma ótima experiência e poderei utilizar na minha casa quando sair daqui, além da importância em estarmos reciclando produtos que poderiam estar agredindo o meio ambiente”, afirmou.
Os policiais penais Bruno Neves e Cristiano Barros, que executaram a ação com os privados de liberdade, comemoraram os resultados. “Os reeducandos se esforçaram em aprender e fazer acontecer. Ficamos felizes que tenha dado certo”, disse Barros.
Neves explica que os detentos, que trabalham no serviço externo, puderam observar que muitos dos materiais que viam na rotina deles, podem ser reaproveitados. “A casca de ovo, borra de café, resto de folhas, podem ser direcionados para compostagem e depois usados na horta, por exemplo”.
Continuidade
O chefe de Departamento do Complexo Penal de Caiuá, Rafael Feitoza Message, ressaltou a dedicação dos servidores e dos reeducandos no desenvolvimento da atividade. “Estamos comemorando o Junho Verde e essa proposta vem de encontro à preservação do meio ambiente. O resultado foi exitoso e pretendemos dar continuidade, com ornamentação em outras áreas do presídio.”
A iniciativa resultou na criação de ambientes agradáveis, despertando nos reclusos da Secretaria da Administração Penitenciária a conscientização para um estilo de vida conectado com o meio ambiente e a necessidade de contribuir para um futuro mais sustentável para o planeta.
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Com informações do Governo de São Paulo
