Com exceção do câncer de pele não melanoma, que é a doença mais frequente no país, o câncer colorretal é o segundo tumor que mais atinge homens e mulheres brasileiras desde 2006, de acordo com a Fundação Oncocentro de São Paulo (FOSP). Partes do intestino grosso são acometidas, como cólon e reto, e o paciente apresenta sintomas como sangramento, dor, além da obstrução intestinal. O maior aliado para a cura é o diagnóstico precoce, por meio de exames de colonoscopia. Para ampliar o acesso ao exame, nesta sexta-feira (28), o Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) realiza o maior mutirão de colonoscopia do estado com aproximadamente 100 exames em pacientes já pré-selecionados e triados.
Março Azul é o mês de alusão a prevenção do câncer que atinge o intestino. O mutirão será realizado, a fim de detectar lesões (os chamados pólipos colorretais) que podem evoluir para um câncer. Especialistas orientam que a colonoscopia deve ser feita a partir dos 45 anos e repetida a cada 10 anos, caso não haja histórico familiar de câncer ou pólipos detectados no exame inicial quando o acompanhamento precisa ser individualizado.
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Os principais fatores de risco da doença estão associados ao estilo de vida levado pelo paciente. Tem mais propensão de desenvolver câncer pessoas sedentárias, obesas, com alimentação com baixa ingestão de fibras, falta de hidratação correta, além de abuso do consumo de álcool e tabaco. Questões genéticas ou hereditárias em parentes de primeiro grau aumentam o risco do câncer.
Cinco salas serão utilizadas durante o mutirão, todas com equipamentos de última geração, bem como com especialistas e anestesistas preparados para detecção e remoção das lesões pré-neoplásicas. “O objetivo da ação é prevenir e/ou detectar a doença em estágio inicial resultando em um tratamento eficaz e curativo. Mais de 40 profissionais estarão envolvidos, oferecendo não apenas atendimento de excelência, mas também um acolhimento humanizado, com atenção especial ao bem-estar e conforto dos pacientes. Estamos otimistas com o nosso Mutirão que vai oferecer a possibilidade de realização da colonoscopia a um grupo grande de servidores”, explica Renato Luz, diretor do serviço de Endoscopia do HPSE.
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Segundo levantamento feito pela Fundação Oncocentro de São Paulo, houve um discreto aumento na sobrevida global dos casos de câncer colorretal diagnosticados a partir de 2011, quando comparados aos diagnosticados entre 2000 e 2010. O tempo médio de sobrevida foi de 10 anos para os casos de câncer colorretal com estadiamento clínico inicial ao diagnóstico (a forma como se determina o avanço da doença no organismo de um paciente) e de três anos para os casos avançados. O tempo médio de sobrevida foi ligeiramente maior no sexo feminino.
O número estimado de casos novos de câncer colorretal entre 2023 e 2025 é de mais de 45 mil casos, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
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Com informações do Governo de São Paulo
