Visitas acontecem através do Projeto Itinerâncias Antirracistas que promove acesso a instituições que reconhecem as produções das populações negras, indígenas e migrantes
Publicado em: 16/05/2025 16h13 | Atualizado em: 19/05/2025
O Projeto Itinerâncias Antirracistas organizado pela Secretaria Municipal de Educação (SME) transforma os museus da capital paulista em verdadeiras extensões da sala de aula para fortalecer o aprendizado das histórias e culturas das populações indígenas, africanas, afro-brasileiras e migrantes, além de ampliar o repertório cultural dos estudantes e reforçar o direito ao acesso a vários espaços da cidade.
No último ano, 25.919 estudantes de várias idades da Rede Municipal de Ensino participaram das visitas guiadas do projeto em instituições como o Museu Afro, o Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, o Museu da Língua Portuguesa, a Pinacoteca, Instituto Moreira Salles e SESC Vila Mariana. Número que mais do que dobrou em relação a 2023 quando foram impactados 11,5 mil estudantes.
No primeiro trimestre deste ano foram mais de 50 visitas monitoradas realizadas com 2,2 mil estudantes. Até o final de maio esse número deve totalizar 210 visitas e mais de 8,5 mil alunos participantes em 2025. As inscrições seguem abertas para as escolas municipais ao longo do ano. Neste ano a parceria também inclui o Museu das Favelas. Cada unidade pode escolher uma visita que dialogue com o Projeto Político Pedagógico (PPP) da unidade e com as ações em desenvolvimento.
A iniciativa é liderada pelo Núcleo de Educação para as Relações Étnico-raciais (NEER) da SME e surgiu em 2023 através de parcerias com instituições culturais e museológicas com ações que reforçam o comprometimento no enfrentamento ao racismo e à xenofobia. Durante as visitas guiadas os estudantes seguem roteiros com foco na educação antirracista e não xenofobica elaborados em conjunto com os setores educativos dos museus.
O objetivo do projeto é expandir e qualificar as propostas pedagógicas realizadas nas escolas voltadas à valorização da diversidade etnico-racial e promoção da equidade através de saídas pedagógicas que potencializam o aprendizado dos estudantes sempre com uma continuidade de ações. A orientação é que as escolas sempre realizem atividades antes da visita para preparar os estudantes para compreender melhor as exposições, bem como entender a dinâmica e compromissos das instituições.
Educação Antirracista
O Projeto Itinerâncias Antirracistas se soma a outras ações desenvolvidas pela Rede Municipal de Ensino da capital paulista que são coordenadas pelo NEER com base nos princípios de Equidade, Educação Inclusiva e Educação Integral, que tem como objetivo central fomentar e promover práticas antirracistas, inclusivas e acolhedoras a todas e todos. Formar profissionais atentos às desigualdades e comprometidos com esses valores.
A Rede Municipal conta com três documentos de Orientações Pedagógicas que trata dos povos afro brasileiros, indígenas e migrantes que compõem o Currículo da Cidade, disponível online e que foram distribuídos em formato impresso para todas as unidades educacionais. O documento foi elaborado de forma colaborativa com profissionais de diferentes áreas e traz exemplos práticos e fornece subsídio para continuidade da implementação das Leis nº 10.639/2003 e n° 11.645/2008 que determinam que as redes de ensino trabalhem as temáticas cultura afro-brasileira, indígena e migrante.
Também foram adquiridos mais de 700 mil livros literários sobre a temática étnico-racial para compor os acervos das escolas municipais. São títulos que também valorizam a diversidade de autoria e são destinados a diferentes públicos. Além disso, foi realizada a aquisição inédita de 128 mil bonecas e bonecos negros e migrantes destinadas às escolas de Educação Infantil, incluindo unidades parcerias, para atividades de cunho pedagógico e antirracista.
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Com informações da Prefeitura de São Paulo
