O São Paulo Audiovisual Hub, iniciativa da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, apresenta a Mostra de Cinema Indígena, com a exibição de 11 filmes dirigidos por cineastas indígenas de diferentes povos, como: Guarani, Kuikuro, Huni Kuin, Yanomami, Munduruku, Tukano, Tupinambá, Ikpeng e Guajajara. A mostra será exibida no dia 13 de julho, das 11h às 21h30. Gratuito e aberto ao público, o evento ocorre de 3 a 13 de julho na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), em São Paulo. Para participar basta realizar o credenciamento pelo site spaudiovisualhub.com.br.
A curadoria da Mostra de Cinema Indígena, que conta com filmes, documentários e videorreportagem, é assinada por Carolina Caffé, Kerexu Martim Guarani e Edivan Guajajara. Após a exibição de alguns filmes, haverá debate com realizadores, protagonistas e lideranças, são eles: Beka Munduruku, Edivan Guajajara, Oremé Ikpeng, Kerexu Martim, Richard Wera Mirim Guarani, Natália Tupi, Jera Guarani, Txai Surui, Thiago Guarani, Larissa Tucano, Beatriz Pankarai e Geni Núñez.
Confira a seguir a programação completa da Mostra de Cinema Indígena:
São Paulo Audiovisual Hub: Mostra de Cinema IndígenaData: 13 de julhoHorário: das 11h às 21h30Local: Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) – Rua Alagoas, 903 – Higienópolis – São Paulo (SP) Filmes exibidosDas 12h às 14h· Mãri hi – A Árvore do SonhoDireção: Morzaniel ƗramariEtnia: YanomamiSinopse: Quando as flores da árvore Mari desabrocham, surgem os sonhos. As palavras de um grande xamã conduzem uma experiência onírica através da sinergia entre cinema e sonho yanomami, apresentando poéticas e ensinamentos dos povos da floresta. · Minha Câmera É Minha FlechaDireção: Natália Tupi e Guilherme FascinaEtnias: Guarani | TupinambáSinopse: Richard Wera Mirim é um jovem Comunicador Indígena do Povo Guarani Mbya da Terra Indígena Jaraguá, território que ainda resiste às margens da Rodovia dos Bandeirantes, em São Paulo. O filme traz um pouco de sua trajetória, aliada à força do audiovisual e do uso das redes sociais na luta e resistência indígena. Mostra a câmera como uma flecha, uma ferramenta de comunicação poderosa, uma arma para registrar e retratar, com o olhar de quem vivencia a cultura, os conhecimentos, os territórios e demais aspectos dos povos originários pelo direito de existir. · Somos Raízes: Guardiões da Floresta Direção: Edivan GuajajaraEtnia: GuajajaraSinopse: Videorreportagem de Edivan Guajajara traz a realidade dos que lutam pelo território Tenetehara no Maranhão: os Guardiões da Floresta do povo Guajajara. Eles são reconhecidos mundialmente por seu trabalho em defesa da mata remanescente na porção amazônica do Maranhão – menos de 20% da cobertura original. Na Terra Indígena Araribóia e na Terra Indígena Caru, onde o grupo de autodefesa reúne cerca de 120 indígenas para proteger o território, os Guardiões expulsam madeireiros e outros invasores às vezes pagando com sua própria vida.Bate-papo após a exibição: Edivan Guajajara & Richard Wera Mirim Guarani Mediação: Beatriz Pankararu Das 15h às 17h · A Febre da MataDireção: Takumã KuikuroEtnia: KuikuroSinopse: O pajé e sua família saem para pescar. Durante a pesca uma onça se aproxima e começa a esturrar assustada em busca de ajuda. Seu grito é um alerta. O pajé retorna imediatamente para a aldeia e alerta seu povo do perigo que se aproxima. Ele busca força espiritual na pajelança à medida que sua preocupação cresce. O fogo invade a floresta os animais fogem em busca de abrigo mas muitos não resistem e morrem. A floresta arde em chamas e depois a seca é extrema. · Thuë pihi kuuwi: Uma Mulher PensandoDireção: Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami, Roseane Yariana YanomamiEtnia: YanomamiSinopse: Uma mulher yanomami observa um xamã durante o preparo da Yãkoana, alimento dos espíritos. A partir da narrativa de uma jovem mulher indígena, a Yãkoana que alimenta os Xapiri e permite aos xamãs adentrarem o mundo dos espíritos também propõe um encontro de perspectivas e imaginações. · Aguyjevete avaxi’iDireção: Kerexu Mirim Etnia: guaraniSinopse: O documentário celebra a retomada do plantio das variedades do milho tradicional do povo Guarani M’bya na aldeia Kalipety, onde antes havia uma área seca e degradada, consequência de décadas de monocultura de eucalipto. Considerado como um dos verdadeiros alimentos que os seres divinos possuem em suas moradas celestes, o milho passa por rituais e bênçãos desde o plantio até a colheita, quando a aldeia se junta para festejar. Comê-lo mantém a vitalidade dos seres humanos em equilíbrio, à semelhança das divindades.Bate-papo após a exibição: Keretxu Martim & Jera GuaraniMediação: Txai Surui
Das 17h às 19h · RAMI RAMI KIRANIDireção: Lira Huni Kuin Etnia: Huni KuinSinopse: Até pouco tempo, as mulheres Huni Kuin não podiam consagrar e preparar o Nixi Pae (ayahuasca), apenas os homens conheciam o poder dessa medicina. Um filme sobre os aprendizados, as transformações e a força da ayahuasca através das mulheres Huni Kuin. Realizado durante a oficina de formação audiovisual e direitos das mulheres indígenas na Aldeia Mibãya, na Terra Indígena Praia do Carapanã, Acre. · Nhemongaraí – Ontem, Hoje e AmanhãDireção: Natália Tupi e Richard Wera MirimEtnia: Guarani e TupinambáSinopse: O filme é um mergulho na noite de 24 de janeiro, que é quando acontece, anualmente, o Batismo das águas na Tekoa Pyau, Terra Indígena do Jaraguá em São Paulo. O documentário é narrado pelo xondaro Michael Tupã Popyguá, jovem liderança do território e traz a importância de repassar a cultura e ancestralidade de geração para geração. O filme também é uma homenagem ao Xeramoi Alísio Tupã Mirim, que partiu um mês após as filmagens. · Wehse Darase – Trabalho da Roça Direção: Larissa Tukano Etnia: TukanoSinopse: O documentário foi produzido durante as Oficinas de Audiovisual para Salvaguarda do Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro, promovidas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). O filme apresenta, de maneira íntima e subjetiva, as relações geracionais no contexto das roças que compõem esse sistema agrícola, reconhecido como patrimônio cultural imaterial do Brasil. A obra destaca a importância da agricultura tradicional para a identidade e a sustentabilidade das comunidades indígenas do Rio Negro, evidenciando práticas ancestrais e saberes transmitidos entre gerações. Bate-papo após a exibição: Natália Tupi & Larissa Tukano Mediação: Thiago Guarani Das 19h30 às 21h30 · YARANG MAMINDireção: Kamatxi Ikpeng Etnia: IkpengSinopse: Yarang Mamin é um mergulho no dia a dia das mulheres do povo Ikpeng que coletam sementes nativas no Território Indígena do Xingu (MT). As coletoras criaram o Movimento das Mulheres Yarang e ao longo de uma década coletaram 3,2 toneladas de sementes florestais, o que possibilitou o plantio de cerca de 1 milhão de árvores nas bacias do Rio Xingu e Araguaia. Um respiro em meio à devastação que corrói o que resta de floresta. · Mundurukuyü A Floresta Das Mulheres PeixeDireção: Coletivo Daje Kepap Epy Etnia: mundurukuSinopse: Nas margens do Tapajós, no Pará, a floresta das mulheres peixe espelha a mitologia Munduruku, onde humanos, na origem do mundo, se transformaram em floresta, plantas e animais. No dia-a-dia da aldeia Sawre Muybu, os espíritos da floresta não são apenas forças espirituais ancestrais, mas parte da família.Bate-papo após a exibição: Oreme Ikpeng + Beka Munduruku Mediação: Geni Núñez
sourceCom informações do Governo de São Paulo
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