Solução para moradia na Favela do Moinho será anunciada, diz ministro

Após conversar com moradores da Favela do Moinho, em São Paulo, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, disse nesta quarta-feira (25) que o acordo foi firmado há pouco mais de um mês entre o governo federal e o governo estadual para oferecer moradia para a população local está entrando em uma nova faseLeia maisLeia maisLeia mais

“É o fechamento desse novo ciclo e a abertura de um outro e agora as coisas vão andar para locação em locais decentes para essas pessoas. E esse terreno [onde hoje está localizada a Favela do Moinho] será destinado para uma questão que seja pública também, de uso da cidade”, disse o ministro a jornalistas após visitar a última comunidade favelizada do centro da capital paulista.

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“Estamos agora em outra fase, que é a fase de implementação deste acordo e da solução do problema”, acrescentou.

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Em abril, sob pretexto da criação de um parque e da estação Bom Retiro, o governo estadual havia iniciado um processo de remoção dos moradores da Favela do Moinho, com uso da força policial.

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De acordo com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), a região da Favela do Moinho está sendo “requalificada” e, no local, será implantado o Parque do Moinho. Para isso, será necessária a remoção das cerca de 800 famílias que vivem na comunidade, “que serão acolhidas em lares dignos”, diz a companhia. 

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A área onde está localizada a Favela do Moinho pertence à União, mas o governador Tarcísio de Freitas entrou com um pedido de cessão para transformar a área em um parque.

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Em maio, o governo federal anunciou um acordo com o governo estadual para impedir a remoção violenta dos moradores e dar uma solução para o conflito. Por esse acordo, ficou estabelecido que cada família da Favela do Moinho irá receber até R$ 250 mil para comprar uma casa. O governo federal entrará com R$ 180 mil e o governo do estado de São Paulo com R$ 70 mil, sem que os moradores precisem financiar nada.

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Com a adesão a essa proposta, as famílias da Favela do Moinho poderão escolher, para comprar, imóveis de uma lista já pronta que contém indicações ou submeter à análise um que não esteja nela, havendo possibilidade de acatarem ou não ao pedido. Enquanto não se mudam para o endereço definitivo, terão direito a R$ 1,2 mil de aluguel social. 

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“O protagonismo é do governo federal. O governo do estado tem o cadastro dos imóveis no território que serão adquiridos e a tratativa será direto com os donos dessa residência para que as famílias sejam alocadas com dignidade”, explicou Macedo.

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Uma das moradoras do Moinho, de 64 anos, que não quis se identificar, mora no local há 31 anos com o filho, que tem uma deficiência. Ela vive apenas com o auxílio do Bolsa Família e conta que, com o valor que ganha hoje, seria impossível para ela conseguir alugar uma outra moradia na capital paulista e que não fosse dentro da comunidade. Por isso, ela vê a assinatura do acordo entre os governos federal e estadual com bons olhos. 

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“Eu acredito [no acordo] porque hoje eu não tenho condição de alugar um cantinho. “Tem que ter calma, né, porque eu não vou sair assim para morar na rua. Eu queria falar [para o Lula] a situação que nós estamos passando. Queria uma moradia digna, assim, não ficar de aluguel, porque aluguel é ruim”, falou.

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Comerciantes

Em reunião com o ministro hoje, os representantes da Associação dos Moradores da Favela do Moinho relataram a Macêdo sobre um outro problema que aflige os moradores locais: o comércio. Recentemente, os comerciantes da Favela do Moinho foram cadastrados pela prefeitura para uma possível indenização, mas até agora este acordo não prosperou. 

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“Esse foi um dos temas que a associação colocou aqui, que é um tema eminentemente municipal. O que nós assumimos como compromisso é que nós vamos dialogar com a prefeitura e com o governo do estado para que os compromissos que eles assumiram aqui possam ser colocados em prática e para que essas pessoas tenham uma destinação adequada e correta”, disse o ministro a jornalistas.

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Um dos afetados por esse problema é o comerciante Edenildo Laurentino da Silva, 41 anos, que vive no Moinho há 21 anos e tem um comércio no local há dez anos. Segundo ele, a prefeitura cadastrou os comércios mas até agora não há informações sobre a indenização. 

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“O ideal seria eles pagarem a indenização justa para nós em dinheiro, para nós procurarmos um ponto lá fora, porque nós precisamos pesquisar, não é uma coisa tão fácil assim. Nós precisamos pesquisar, arrumar um ponto lá fora para colocar nosso comércio”, falou. 

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“Eu estou aqui há 21 anos, tenho três filhos, sou casado, tenho mulher. Sair daqui vai ser um pouco difícil, não vai ser fácil porque aqui já tem uma estrutura, tem o conhecimento, tem a minha clientela. Saindo fora daqui eu sei que vai ser difícil, mas não é impossível. Brasileiro é guerreiro, ele vai lutar em qualquer lugar”, disse ele.

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Alinhamento

Segundo a presidente da Associação, Yasmin Moja Flores, que mora no Moinho desde que nasceu, há 24 anos, a reunião com o ministro serviu para alinhar algumas pautas que ainda não estavam previstas no acordo. 

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“A gente estava muito preocupado com a questão da polícia, deles [governo estadual] voltarem a fazer ação na área, com truculência de novo. Mas ficou bem claro que tudo vai ter que ser na paz, até que cada morador tenha sua casa”, disse ela. 

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, não confirmou presença no evento de amanhã. 

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sourceCom informações da Agência Brasil

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