Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a data deve movimentar R$5,22 bilhões no comércio brasileiro
Mogi das Cruzes, novembro de 2024 – Com a aproximação da Black Friday, no próximo dia 29 de novembro, o entusiasmo dos consumidores pelas grandes ofertas aumenta. A expectativa é de que a Black Friday deste ano supere os resultados de 2023. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a data deve movimentar R$5,22 bilhões no comércio brasileiro, sendo uma das mais aguardadas do calendário de compras. No entanto, essa época também traz preocupações com golpes e fraudes.
Criminosos sempre aproveitam a data para aplicar golpes, principalmente em compras online, o que requer uma atenção maior dos consumidores. O professor de Direito da UMC e Delegado da Polícia Civil, Márcio Cursino, alerta que é essencial adotar medidas de segurança para não cair em armadilhas e garantir uma experiência de compra tranquila e satisfatória.
De acordo com o professor, antes de iniciar as compras, é fundamental realizar uma pesquisa detalhada sobre os produtos desejados e comparar preços em diferentes lojas. “Monitore os preços dos produtos que você deseja adquirir com antecedência, para não ser enganado por descontos ilusórios”, recomenda. O especialista também sugere priorizar compras nos sites oficiais das grandes lojas e, em caso de dúvida, buscar lojas físicas. “Desconfie de descontos muito maiores que a média do mercado, pois podem ser armadilhas”, acrescenta.
Além disso, é importante verificar a reputação da loja online em que pretende comprar. Consulte sites de reclamações e redes sociais para ler avaliações e observar a presença de críticas negativas ou alertas. “Se não estiver comprando de grandes redes, consulte o site Reclame Aqui para verificar a reputação da empresa. Checar o CNPJ pode oferecer informações adicionais sobre o negócio”, orienta Cursino. Em São Paulo, você também pode confirmar a autenticidade dos dados no site da JUCESP.
Ao acessar um site para fazer compras, certifique-se de que ele é seguro. Verifique a presença do cadeado na barra de endereços e o uso de “https” no início do URL. Evite sites que solicitam mais informações do que o necessário para a compra e esteja atento aos detalhes das transações. “Ofertas recebidas por e-mail devem ser tratadas com cuidado, pois muitos golpes são realizados através de mensagens falsas que prometem grandes descontos. Nunca clique em links suspeitos e acesse o site da loja diretamente pelo navegador”, alerta o especialista.
Prefira utilizar métodos de pagamento seguros, como cartões de crédito ou plataformas de pagamento reconhecidas, que oferecem maior proteção ao consumidor. Evite fazer pagamentos por transferência bancária ou boletos, que são mais difíceis de contestar em casos de fraude. “Caso perceba que foi vítima de um golpe, entre em contato imediatamente com a instituição financeira responsável pelo seu cartão ou conta para tentar cancelar a transação. Registrar um boletim de ocorrência na delegacia ou de forma online também é uma medida importante”, aconselha o professor.
Os golpes mais comuns durante a Black Friday incluem falsas ofertas e descontos, onde o consumidor paga pelo produto, mas ele nunca é entregue. “Sites falsos que imitam lojas legítimas para roubar informações pessoais e financeiras também são frequentes. Além disso, há o phishing, que envolve e-mails e mensagens disfarçadas de comunicações de lojas conhecidas solicitando dados pessoais. Outro golpe comum é a venda de produtos contrabandeados ou falsificados com grandes descontos, mas que na realidade são de origem duvidosa. Também é comum encontrar promoções em redes sociais que redirecionam para sites fraudulentos”, finaliza o professor.
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